Hortaliça é toda planta de pequeno porte, cultivada em uma horta ou pequeno espaço, podendo ser também cultivada em cultivo protegido. Atualmente, algumas hortaliças podem ser cultivadas em grandes áreas, de forma extensiva, como é o caso da cenoura, batata, cebola, tomate para processamento, entre outras. As hortaliças constituem um grande grupo de plantas alimentares que se caracterizam pelo alto valor nutritivo – principalmente porque contêm vitaminas ,delicado sabor, pequeno porte e rápido crescimento.

As hortaliças têm as seguintes características:

• Consistência macia, não lenhosa.

• No geral o ciclo é curto, até 120 dias, porém, dependendo da cultura, como o caso da alface, é em torno de 40 a 60 dias.

• Exigência de tratos culturais intensivos.

• Cultivo em pequenas e grandes áreas.

• Uso de muita mão de obra.

São plantas cujas partes comestíveis são folhas, flores, botões ou hastes. Assim, são consideradas verduras as hortaliças folhosas – alface, rúcula, couve-chinesa e repolho –, ainda a couve-flor e os brócolis (flores) e o alho-porró (hastes).

São frutos típicos das plantas da família das leguminosas, conhecidos popularmente como vagens, que incluem o feijão comum, o feijão-vagem, a ervilha-comum, a ervilha-torta, a fava, entre outras. Incluem também as hortaliças cujas partes comestíveis são frutos (tomate), sementes (ervilha), raízes (cenoura) e tubérculos (batata).

As hortaliças condimentares são aquelas utilizadas para melhorar o sabor, o aroma ou a aparência dos alimentos. É um grupo muito grande de plantas e inclui hortaliças muito populares, como a salsa, o coentro, a cebolinha, o orégano e o manjericão, entre outras.

Sim. Uma das maneiras mais utilizadas é a classificação em grupos de acordo com a parte da planta usada na alimentação, tais como folha, flor, fruto, haste e legume, e com as partes subterrâneas, como raiz, tubérculo, bulbo e rizoma

Hortaliças-folha ou folhosas são todas aquelas cujas partes comestíveis são as folhas – acelga, agrião, alface, almeirão, cebolinha, coentro, chicória, couve-chinesa, couve-manteiga, espinafre, mostarda, repolho, rúcula, salsa, salsão, serralha e taioba.

São hortaliças cujas partes comestíveis são as flores ou os legumes, por exemplo:

• Hortaliças-flor: alcachofra, couve-brócolos e couve-flor.

• Hortaliças-legume: ervilha torta e feijão-vagem.

São todas as hortaliças cujas partes comestíveis, do ponto de vista botânico, são os frutos, como abóbora, abóbora italiana, abóbora japonesa, berinjela, chuchu, ervilha em grão, jiló, maxixe, melancia, melão, milho-verde, moranga, morango, pimenta, pimentão, pepino, quiabo e tomate.

Estas hortaliças dividem-se em raiz, tubérculos e bulbos:

• Hortaliças-raiz: batata-doce, beterraba, cenoura, mandioquinha-salsa (ou batata-baroa), mandioca, nabo e rabanete.

• Hortaliças-tubérculo: batata, cará e inhame.

• Hortaliças-bulbo: cebola e alho.

Hortaliças-haste são aquelas das quais se come o caule ou as hastes, como o salsão (ou aipo) e o alho-porró.

Considera-se sistema convencional o cultivo comercial de hortaliças adotado em grande parte da produção brasileira, com uso de fertilizantes minerais e orgânicos e defensivos agrícolas.

São hortaliças cultivadas em meio aquoso; ou seja, os fertilizantes minerais são diluídos em água, em lugar do solo, para o cultivo das hortaliças. O sistema de cultivo semi hidropônico é feito em cultivo protegido, em casas de vegetação e estufas, com ou sem substrato para sustentar as plantas.

O sistema orgânico baseia-se no uso de elementos naturais, principalmente estercos e compostos, em contraposição ao uso de fertilizantes mineral, e não utiliza defensivos agrícolas para o controle de pragas e doenças. Já existe uma legislação brasileira que estabelece as normas para que um produto seja considerado orgânico, inclusive com certificação externa, para o caso de ser formalmente comercializado. No caso de hortas domésticas, é possível adotar os preceitos básicos do sistema orgânico, sem preocupar-se, entretanto, com a certificação.

A horta comercial é voltada especificamente à produção de determinados tipos de hortaliças para venda, com fins lucrativos. Há muitas hortas comerciais que produzem somente tomate e pimentão ou hortaliças folhosas, como alface, rúcula e agrião.

É a horta que se destina à produção de hortaliças para o consumo da própria família, na maioria das vezes localizada no quintal da casa. As hortas domésticas são, em geral, estabelecidas em pequenos espaços, com uma grande variedade de hortaliças, principalmente aquelas preferidas e consumidas pela família, incluindo plantas aromáticas e medicinais.

São hortas localizadas em áreas urbanas, ou seja, em cidade, bairro ou vila, ou ao seu redor (Peri urbano). Essas hortas destinam-se à produção de cultivos para consumo próprio ou para venda em pequena escala em mercados locais. Inclui quintais, terraços, pátios, espaços ajardinados comunitários e espaços públicos não ocupados por edificações. Elas podem ser criadas dentro do ambiente tipicamente urbano, pela ocupação de terrenos cercados por casas ou residências, ou resultar da incorporação de zonas rurais pelo rápido crescimento urbano ao seu redor.

É a primeira medida a ser tomada antes de qualquer atividade que se pretenda começar na horta/lavoura. É uma etapa importante para se avaliar previamente os objetivos pretendidos e os meios necessários para alcançá-los e, assim, evitar possíveis dificuldades.

O planejamento da horta pode ser iniciado com a definição do objetivo que se pretende alcançar: se será horta doméstica, demonstrativa, institucional, comercial ou outras. Depois de definido o objetivo, deve ser verificada a disponibilidade de área, análise de solo, ferramentas, insumos e materiais necessários; quer dizer, deve ser anotado, de forma organizada, tudo que está disponível, o que falta e o que é necessário para a correta implantação e condução da horta. Mesmo na implantação de pequenas hortas, é recomendável que sejam feitas anotações que permitam a comparação de resultados e o acompanhamento do desenvolvimento da horta ao longo de um período.

O planejamento de uma horta:

• Reduz gastos com adubos, sementes e água para a irrigação.

• Assegura a conservação do solo.

• Melhora a produtividade futura da horta.

• Evita imprevistos com animais domésticos.

• Possibilita a produção escalonada e contínua de hortaliças.

Às vezes não. Embora simples, a instalação do cercado exige bom senso e atenção. Por exemplo, porcos e cães podem fuçar ou cavar o chão e entrar na horta por baixo da cerca. Assim, é conveniente planejar a construção de uma mureta, com cerca de 50 cm de altura acima do solo e em torno de 20 cm de base abaixo do nível do solo. Acima da mureta é recomendado o uso de algum tipo de tela.

Não existe um padrão para o tamanho da horta. No entanto, cada hortaliça necessita de um espaço mínimo de terreno para produzir folhas, frutos, flores, hastes, bulbos, raízes ou tubérculos. Assim, o tamanho do terreno da horta pode ser calculado com base no espaçamento mínimo exigido para o correto cultivo da hortaliça. Por exemplo, para o correto cultivo de alface, o espaçamento mínimo necessário é, em média, de 25 cm entre plantas. Logo, em 1 m2 de terreno é possível produzir, no máximo, 16 plantas de alface. O repolho é maior que a alface e exige espaçamento médio de 50 cm entre plantas. Então, em 1 m2 de terreno, é possível cultivar 4 plantas de repolho.

O solo é a base da produção. É o local onde as plantas se desenvolvem e é a fonte de onde irão retirar seu alimento (nutrientes). É um sistema muito complexo, formado por três partes: sólida (argila, areia, silte e matéria orgânica), líquida (água) e gasosa (ar). Deve ser manejado com critério para que se mantenha sempre produtivo, saudável e capaz de promover o crescimento e desenvolvimento das plantas, sem que se degrade.

O ideal é que o solo da horta não seja muito compactado (adensado e duro) nem cascalhento. Esses dois fatores são difíceis de contornar. Com relação à posição no terreno, não deve ser muito inclinado, para evitar o excessivo escorrimento da água das chuvas e a consequente erosão. Além disso, não pode haver contaminantes, que podem ser biológicos ou químicos. Hortas nas proximidades de indústrias, por exemplo, podem apresentar contaminação por metais pesados (químicos). Já hortas próximas a áreas de criação de suínos podem ser contaminadas por microrganismos provenientes das pocilgas.

O preparo do solo são todas as operações mecânicas realizadas antes de se iniciar um cultivo, como aração, gradagem e formação de canteiros. Portanto, o preparo está incluído no manejo. Chama-se manejo do solo o conjunto de práticas aplicadas a um solo, visando à produção agrícola. Inclui práticas culturais, práticas de correção e adubação, escolha de sucessão de culturas, operações de preparo do solo, entre outras. Em resumo, é a forma de cultivar e tratar o solo.

Em hortas pequenas, são utilizados foices e enxadas para limpeza do terreno, enxadões para revolvimento mais profundo ou coveamento, enxadas para destorroamento e encanteiramento, e rastelos para nivelamento e coleta de ciscos (tocos, raízes e restos culturais mais grosseiros).

Em hortas grandes, é necessário usar equipamentos mecanizados, com implementos, como o arado para abertura do terreno, a grade para destorroamento e nivelamento e, por vezes, o subsolador para descompactação em maiores profundidades. Em horticultura, é muito usada a enxada rotativa, muitas vezes acoplada ao encanteirador, implemento que proporciona ótimo preparo superficial, mas que provoca alguns problemas.

Os canteiros são feitos para facilitar o plantio de algumas espécies, como alface, cenoura, alho, entre outras, especialmente quando o desenvolvimento inicial é relativamente lento. Eles também são importantes para evitar o acúmulo excessivo de água, especialmente quando se faz o plantio em baixadas ou várzeas. Além disso, facilitam os tratos culturais, em especial as capinas, principalmente quando se trata de espécies cujo espaçamento entre plantas é pequeno.

Há de se considerar as duas formas de trabalho: mecanizada e manual. No preparo mecanizado, deve-se primeiramente realizar a aração e/ou gradagem profunda, a uns 20 cm, para posterior encanteiramento, diminuindo assim o efeito de espelhamento citado anteriormente. E, ainda, caso seja identificada uma camada compactada no perfil do solo, deve-se considerar a possibilidade de realizar a subsolagem. No preparo manual, após a limpeza do terreno, faz-se a desestruturação inicial do solo com o auxílio de enxadões, seguida do destorroamento e do nivelamento dos canteiros com enxadas.

Não. Conforme a época, a espécie e o sistema produtivo, o plantio pode ser feito em canteiros, covas, sulcos ou leiras.

O preparo de covas, diferentemente de canteiros, é feito somente de forma manual, com o auxílio de enxadões ou enxadas, revolvendo localizadamente o solo no espaçamento exigido pela cultura. Em seguida, é efetuada a adubação, conforme a análise do solo, com a incorporação dos adubos nas covas. O tamanho das covas varia conforme a espécie a ser plantada, o tipo de solo e a quantidade de adubos a incorporar nas covas, mas, em geral, está em torno de 15 cm a 25 cm de diâmetro. O melhor exemplo dessa situação é o plantio de abóboras, em que se utilizam espaçamentos de 2 m ou até mesmo de 3 m entre plantas. Como regra geral, pode-se considerar que, a partir de 40 cm ou 50 cm entre plantas, o uso de covas seja mais adequado, pois assim a estrutura do solo é preservada onde ele não é revolvido.

O plantio em sulcos ou leiras é empregado para algumas espécies que apresentam tendência de plantios mais lineares, isto é, quando o espaçamento de plantas nas linhas é bem menor que o espaçamento entre linhas. Um bom exemplo é o caso de cebola e alho, para os quais se trabalha com espaçamento de 30 cm a 40 cm entre linhas e de 5 cm a 10 cm entre plantas nas linhas. Outros exemplos são a batata, o tomate, a batata-doce e a mandioquinha-salsa, que apresentam espaçamento de 80 cm a 100 cm entre linhas e 30 cm entre plantas nas linhas. Quando se trata de culturas que não toleram encharcamento ou que exigem solo solto em profundidade para o pleno desenvolvimento, o plantio é feito em leiras. Para preparar as leiras, é utilizado o sulcador após a aração e/ou gradagem. Também podem ser usados enxadas ou enxadões.

A cobertura do solo é uma prática que consiste em utilizar materiais para cobri-lo e protegê-lo do impacto direto das gotas de chuva. Assim, busca-se contribuir para a economia de água, diminuir a temperatura do solo em regiões muito quentes e aumentar a temperatura do solo em regiões mais frias, e também facilitar o controle de plantas espontâneas, uma das formas de cobrir o solo é com o Mulshing.

A cobertura morta pode ser feita de duas maneiras:

• Pela importação de palhada de outra área, como é efetuada tradicionalmente na cultura do alho.

• Pelo cultivo no próprio local de plantas de cobertura, fornecedoras de palhada, e seu manejo, por meio do corte. Utilizando-se a última maneira, além do efeito de cobertura e proteção do solo, tem o efeito de melhoria da estrutura do solo e enriquecimento deste pela decomposição das raízes das plantas de cobertura.

Há inúmeras espécies de plantas que podem ser utilizadas para produção de cobertura morta; seja em cultivo “solteiro”, seja em consorciado. Espécies de adubos verdes, como leguminosas, gramíneas ou plantas de outras famílias, podem ser utilizadas como plantas de cobertura. Plantas de interesse econômico também podem ser utilizadas para a produção da palhada, por exemplo, milho-verde, soja hortaliça, ervilha, girassol, entre outras.

Sim. O solo precisa descansar das ações humanas e recuperar-se para se manter produtivo ao longo do tempo. Para isso, muitos produtores utilizam o pousio, que consiste em não cultivar um solo por algum tempo e deixar que apenas a vegetação espontânea se desenvolva na área (mato).

Sim, a adubação verde. Essa prática consiste no plantio de determinadas plantas – principalmente leguminosas e gramíneas – que, cultivadas no local, contribuem para a melhoria da fertilidade do solo e para o aumento do teor de matéria orgânica. Sua parte aérea (folhas, caules e flores) pode ser tanto deixada sobre a superfície do solo – como forma de cobertura morta – quanto incorporada.

A utilização dos adubos verdes contribui para tornar o solo mais solto, pois os adubos verdes fazem o que se chama de “aração biológica”. Essas plantas, em geral, apresentam um sistema radicular profundo, capaz de se desenvolver bem, mesmo em solos endurecidos (compactados). Inclusive, algumas espécies se destacam por sua grande capacidade de rompimento de camadas subsuperficiais do solo compactadas, como o guandu e o nabo forrageiro. Além do efeito de aração biológica, a decomposição do sistema radicular dos adubos verdes leva ao aumento do teor de matéria orgânica do solo, tornando-o mais leve e poroso.

Os insumos, materiais e ferramentas utilizados em uma horta podem ser adquiridos em lojas de produtos agropecuários, que são os locais mais recomendados, porque concentram grande variedade de produtos a preços razoáveis e localizam-se em áreas estratégicas nas cidades, inclusive em nossas lojas.

O sacho é uma pequena enxada, com duas lâminas, uma mais larga e a outra menor, com ponta em forma de gancho ou de lança. A maior e mais larga serve para capinar em pequenos espaços, por exemplo, entre as plantas, e a lâmina menor serve para afofar a terra e fazer sulcos.

O ancinho ou rastelo é utilizado para nivelar a parte superior dos canteiros e também para preparar as sementeiras. Pode, ainda, ser usado para juntar pedregulhos, torrões de terra e restos de plantas dos canteiros.

É necessário cuidar das ferramentas após cada uso para garantir sua durabilidade. As ferramentas devem ser limpas, retirando o resto de terra e sujeiras aderidas por meio de raspagem ou lavação. Devem ser guardadas secas, para evitar ferrugem. De tempos em tempos, é preciso usar óleo nas partes metálicas para evitar corrosão. Algumas ferramentas, como enxadas, pás, facas e tesouras de corte, também devem ser afiadas com amolador quando necessário. Ferramentas sem fio são mais difíceis de ser utilizadas e podem danificar as plantas.

A aquisição de um pulverizador vai depender do tamanho da horta e do modo de produção que será adotado. O pulverizador pode ser utilizado de várias maneiras:

• Pulverização de agrotóxicos, caso o manejo de pragas e doenças seja convencional e a situação estiver fora de controle.

• Pulverização de adubos químicos na forma líquida ou diluídos em água, para hortas do sistema convencional.

• Pulverização de adubos orgânicos líquidos ou produtos naturais, para as hortas conduzidas no sistema orgânico.

De modo geral, um pulverizador costal com capacidade para 5 L é adequado e suficiente para os tratos culturais em uma horta doméstica. Existem vários modelos disponíveis para venda em lojas especializadas, sendo recomendados aqueles com jato de água regulável, desde névoa até esguicho concentrado, com filtro de proteção contra obstrução.

O uso de equipamento de proteção individual (EPI) é obrigatório no caso de pulverizações com agrotóxicos, como fungicidas, inseticidas e herbicidas. Esse equipamento inclui macacão completo, viseira, botas e luvas. Também é importante verificar vazamentos no pulverizador e fazer uma limpeza completa após o uso. Por essas razões, na medida do possível, o uso de agrotóxicos em hortas deve ser evitado.

Na limpeza do pulverizador, é preciso:

• Aplicar toda a calda de pulverização. Diluir a sobra da calda dez vezes e aplicar em bordaduras e carreadores.

• Enxaguar o equipamento e seus componentes por fora e por dentro com bastante água limpa, forçando-a através de todos os componentes e bicos de pulverização, descartando-a em local adequado e protegido.

• Utilizar óleo fino e limpo para engraxar a bomba de pulverização.

• Guardar o equipamento em local protegido e seguro. O pulverizador costal deve ser guardado seco internamente e de boca para baixo.

• Desmontar os bicos de pulverização, limpar seus componentes e guardá-los em local limpo e seguro.

Sim, pode-se utilizar a maior parte dos materiais orgânicos e biodegradáveis descartados como lixo doméstico para se fazer adubo, incluindo:

• Cascas e restos de frutas e hortaliças.

• Sobras de alimentos cozidos.

• Pó de café e restos de chás.

• Cascas de ovos.

• Cinzas.

• Raspas de madeira e serragem.

• Grama aparada, folhas e restos de plantas.

Alguns restos de comida devem ser evitados, como gorduras e óleos, carnes, ossos e sal de cozinha, pois demoram muito tempo para se decompor, causam mau cheiro e também podem atrair pragas. Isso também se aplica às fezes de animais domésticos, como cachorros e gatos, e materiais tratados com produtos químicos.

As vantagens são o aproveitamento de parte do lixo doméstico e a economia com a compra de adubos. O lixo é um dos maiores problemas urbanos da atualidade e qualquer atitude que reduza a quantidade de lixo a ser coletada e transportada ajuda o meio ambiente.

O modo mais simples de se fazer um minhocário doméstico é utilizar uma caixa de plástico com pelo menos 30 cm de profundidade e furos na base para drenagem. Essa caixa deve ser mantida sobre tijolos para permitir uma drenagem adequada e o escorrimento livre do excesso de líquidos. No interior da caixa, deve-se colocar uma forração que pode ser palha misturada com um pouco de terra ou areia até completar ¾ da caixa. Deve-se, depois, umedecer bem essa mistura e deixar descansar alguns dias. A caixa deve ser fechada com uma tampa ou coberta por um saco. Também podem ser encontrados para venda, em casas especializadas ou na internet, recipientes próprios para esse fim.

A minhoca comum de jardim não é a mais indicada para a criação em minhocários, porque está mais adaptada ao solo. As espécies de minhoca mais indicadas para os minhocários são a vermelha-dacalifórnia (Eisenia fetida) e a gigante africana (Eudriltus eugeniae), disponíveis para compra em minhocários ou pela internet.

De acordo com o tipo de alimentação, as minhocas são divididas em dois tipos: Comedoras de terra (geófagas): são as minhocas nativas, que ocorrem naturalmente em locais úmidos e necessitam de grande quantidade de solo para obter a matéria orgânica. Detritívoras: são as minhocas que se alimentam de detritos orgânicos em decomposição e por essa razão são mais indicadas para os minhocários.

As minhocas alimentam-se de resíduos orgânicos e lixo doméstico, como restos de comida, papéis, gravetos, folhas, terra utilizada em vasos e resíduos que podem ser utilizados para fazer um composto doméstico. As minhocas ingerem esses alimentos, digerem e expelem aproximadamente 70% sob a forma de pequenos grãos de húmus.

Com um minhocário, haverá mais economia na compra de adubos orgânicos e aproveitamento de resíduos orgânicos na propriedade. As minhocas produzem um tipo especial de adubo orgânico, o húmus ou vermicomposto, que pode ser utilizado para enriquecer o solo dos canteiros das hortas e também dos vasos ou, ainda, pode ser diluído em água, e essa mistura pode ser administrada nos canteiros.

Esta decisão depende de vários fatores. São eles:

• Objetivo da horta.

• Preferências alimentares.

• Área disponível.

• Mão de obra e tempo disponíveis.

• Época do ano.

• Clima da região onde se localiza a horta.

• Disponibilidade de sementes e mudas.

• Disponibilidade financeira.

• Facilidade de cultivo.

Existem várias hortaliças de fácil cultivo, que podem ser produzidas na maior parte do território brasileiro, sem muitas restrições em relação à época do ano. Essas hortaliças, geralmente, crescem rápido e são de consumo frequente. É o caso das hortaliças folhosas, utilizadas cozidas ou em saladas, como agrião, alface, almeirão, couve, mostarda-de-folha e rúcula; e as hortaliças utilizadas para temperos, como salsa, coentro, cebolinha, hortelã e manjericão, entre outras. Algumas outras, de ciclo um pouco mais longo, mas que também são muito populares e de fácil cultivo, são as abóboras e morangas, a batata-doce, o jiló, o maxixe, as pimentas e o quiabo. Para estas, porém, pode haver alguma restrição de época do ano para plantio. Há ainda o cará, o taro, a taioba e outras hortaliças regionais, bem adaptadas a regiões de clima tropical.

Abobrinha-italiana, berinjela, beterraba, cenoura, chicória ou escarola, chuchu, couve-brócolos, espinafre, feijão-vagem, jiló, melão, melancia, milho-verde, nabo, pepino caipira, rabanete, rábano, repolho e soja-verde são plantas que não são de cultivo muito complexo, embora exijam tratos culturais, em especial adubação e irrigação adequadas. Para esse conjunto de hortaliças é muito importante buscar cultivares adaptadas à região e à época de plantio. Em geral, seu cultivo envolve maior risco quando as hortas são instaladas em regiões ou épocas muito chuvosas e de temperaturas mais elevadas. Há ainda as hortaliças de importância regional que, embora muito populares em seu local de cultivo, são praticamente desconhecidas no restante do País. É o caso do cubiu e do jambu, no Norte; da araruta, do feijão-de-corda, da fava e da vinagreira, no Nordeste; do mangarito e do ora-pro-nóbis, no Sudeste; do pepino-de-neve e do porongo, no Sul; e da jurubeba, no Centro-Oeste.

Acelga, alcachofra, alho, alho-porró, aipo, aspargo, batata, cebola, couve-chinesa, couve-de-Bruxelas, couve-flor, endívia, ervilha-torta, mandioquinha-salsa, morango, pimentão e tomate são hortaliças de difícil cultivo. Isso acontece por não se adaptarem bem a climas quentes e úmidos, ou por serem muito sensíveis a pragas e doenças, ou por exigirem tratos culturais mais complexos ou, ainda, pela combinação de dois ou mais desses fatores. A batata e o tomate, por serem as mais populares, são certamente as consideradas mais difíceis de serem cultivadas em hortas.

Em primeiro lugar, deve-se definir a finalidade da horta. Para hortas comerciais, é essencial verificar:

• Quais as hortaliças preferidas no mercado.

• Em que época do ano há abundância de oferta (preços mais baixos, maior dificuldade para vender o produto) ou escassez (preços mais altos, maior facilidade para vender o produto).

• Se a produção local é capaz de suprir a demanda.

Para hortas domésticas e institucionais, é preciso verificar:

• Quais as preferências de consumo. Definidos esses critérios, deve-se procurar cultivares adaptadas ao clima da região, a disponibilidade de sementes dessas cultivares nas lojas e supermercados da vizinhança, a disponibilidade de mão de obra e outros insumos, cuja demanda varia de hortaliça para hortaliça. É importante lembrar que nem todas as hortaliças escolhidas precisam e podem ser produzidas durante todo o ano. É interessante elaborar um calendário de cultivo. Para muitas hortaliças, a época e o local de cultivo recomendados vêm escritos na embalagem das sementes.

É um termo utilizado para denominar um grupo de plantas que, em virtude da seleção aplicada pelo homem com o propósito de cultivá-las, são semelhantes entre si, tanto na aparência (fenótipo) quanto na constituição genética (genótipo), e distintas, por uma ou mais características, de outros grupos de plantas da mesma espécie. A palavra cultivar é derivada do termo em inglês cultivated variety, em geral abreviado como cv. seguido de um nome que identifica o material, por exemplo, tomate cv. San Vito.

O termo variedade pode ter dois significados, um de uso comum e outro científico. No uso comum, variedade é sinônimo do termo cultivar. Por exemplo, no supermercado existem diferentes tipos de maçã à venda (Fuji, Gala e Verde), que são variedades ou, mais propriamente dizendo, cultivares. Do ponto de vista científico, variedade é um termo que compõe a nomenclatura (identidade) botânica da planta. Por exemplo, Brassica oleracea variedade acephala é a nomenclatura da couve-comum ou couve-de-folhas, enquanto Brassica oleracea variedade botrytis é nomenclatura dada à couve-flor.

Híbrido é uma planta proveniente do cruzamento entre dois genitores geneticamente distintos. Em geral, os híbridos são mais vigorosos e apresentam qualidades superiores aos seus genitores e serão tão mais vigorosos quanto mais distintos geneticamente forem os genitores. Para exemplificar a definição de híbridos, as plantas obtidas do cruzamento entre uma planta de pimentão com frutos cônicos, vermelhos e pequenos e outra planta de pimentão de frutos quadrados, amarelos e grandes são todas híbridas. De modo geral, as sementes de híbridos são mais caras, pois o processo utilizado para obtê-las é complexo e laborioso.

As cultivares de polinização aberta são aquelas em que não é necessário realizar cruzamentos controlados, como nos híbridos, para se obter sementes que, se utilizadas para plantio, irão reproduzir exatamente a cultivar original, ou seja, a cultivar que foi inicialmente plantada. As cultivares de polinização aberta podem ser obtidas de duas formas: • Polinização cruzada: para produzir sementes, uma planta necessita receber pólen de outra planta. A polinização cruzada acontece naturalmente e é realizada por agentes que carregam o pólen, como insetos, vento e água. • Autopolinização (ou autofecundação): para produzir sementes, uma planta recebe pólen dela mesma, na maioria das vezes, da mesma flor. Em muitas dessas cultivares, a autofecundação acontece antes mesmo de a flor se abrir.

As mais comuns são as brássicas (repolho, couve-brócolos, couve-flor e couve-de-folhas ou couve-comum), beterraba, cenoura, abóboras e milho. Para produzir sementes dessas hortaliças, é preciso isolar os campos, de forma que o pólen de outras plantas da mesma hortaliça não tenha como alcançar suas flores. De outro modo, a semente obtida produzirá plantas com características da mãe (planta em que foi colhida a semente e que, portanto, recebeu o pólen) e do pai (planta doadora do pólen). No caso das hortaliças de polinização cruzada, colher as sementes das plantas superiores ajuda a produzir uma nova geração de plantas melhores, mas a eficiência desse procedimento é apenas relativa, já que a planta-pai é desconhecida.

Alface, feijão-vagem, ervilha e tomate são exemplos de plantas de autofecundação. Para produzir sementes dessas hortaliças não é preciso isolar os campos, já que as plantas serão fecundadas por elas mesmas. No caso das hortaliças de autofecundação, colher sementes das melhores plantas é um método muito eficiente de melhorar a nova geração. Porém, busque colher sementes do maior número possível de plantas.

Grande parte das hortaliças desenvolvidas na Europa é de clima mais ameno, perfeito para as condições de inverno das regiões Sul e Sudeste do Brasil e, dependendo da hortaliça, também para os microclimas de altitude das regiões Centro-Oeste e Nordeste. Entre as hortaliças adaptadas ao inverno, incluem-se acelga, alcachofra, alface, alho, alho-porró, aipo, aspargo, batata, beterraba, cenoura, chicória, couve-brócolos, couve-de-Bruxelas, couve-chinesa, couve-flor, couve-manteiga, espinafre, ervilha em grão, ervilha-torta, mandioquinha-salsa, morango, nabo, rabanete, radicchio, repolho, rúcula e salsa.

Podem ser cultivadas no verão hortaliças adaptadas ao calor e ao clima tropical, como os vários tipos de abóbora (menina, italiana, japonesa e goianinha), moranga, batata-doce, berinjela, cará, cebolinha, cebola, chuchu, coentro, feijão vagem, inhame, jiló, maxixe, melancia, melão, milho-verde, pepino, pimenta, pimentão, quiabo e tomate, entre outras. Além dessas, existem hortaliças que são de clima ameno, mas que têm algumas cultivares adaptadas para cultivo no verão, como cenoura, alface e outras.

Sim, existem hortaliças adaptadas a regiões de clima quente, tanto regiões mais secas como mais úmidas. Essa adaptação é fruto da seleção feita por agrônomos melhoristas, chamados assim porque trabalham no melhoramento de plantas, que resulta no desenvolvimento de cultivares adequadas ao plantio em épocas ou regiões de temperatura mais elevada. Em climas mais quentes, hortaliças comumente encontradas são batata-doce, cará, cebolinha, chuchu, coentro, feijão-vagem, inhame, jiló, maxixe, pimenta, quiabo e taioba, entre outras. Certamente, algumas hortaliças são bem mais difíceis de produzir em temperaturas mais altas, como é o caso de batata e tomate, principalmente por causa das doenças. Uma alternativa eficiente para produção de hortaliças em regiões de clima quente é procurar, dentro da região, locais de clima mais ameno, porque em geral têm maior altitude.

As duas grandes vantagens são: saber exatamente o que está sendo adquirido e ter a garantia de qualidade de uma empresa idônea, que se responsabiliza por seus produtos, com padrões definidos por regras governamentais. Isso inclui alta porcentagem de germinação, alta qualidade sanitária, isenção de misturas com outras sementes e uniformidade do material, entre outras características.

Em muitas lojas é possível comprar sementes que vêm em latinhas e, muitas vezes, as lojas vendem essas sementes a granel. São sementes de qualidade até mesmo superior às sementes de pacotinho, igualmente garantidas pela companhia que as produziu. Porém, quando for comprar a granel é preciso ter confiança na loja e verificar há quanto tempo a latinha foi aberta e em que condições foi mantida desde então. Uma vez aberta, as sementes começam a perder vigor e germinação, processo que é acelerado se a lata for mantida em condições inadequadas.

Sim. Deve-se tomar cuidado para não trazer pragas e doenças junto com a muda, especialmente no caso de mudas enraizadas, que vêm com solo. O solo pode ser um veículo carreador de microrganismos causadores de doenças (nematoides, fungos e bactérias), e de pragas (insetos, lagartas, larvas e sementes de plantas espontâneas). Deve-se, ainda, observar atentamente o local de onde serão retiradas as mudas e verificar se as plantas estão saudáveis e com boa aparência, e se o local é bem cuidado. Não se deve retirar mudas em locais onde as plantas apresentam sintomas de doenças, como folhas com manchas e “pipocas” (galhas) nas raízes, ou em locais mal-cuidados ou abandonados que, em geral, têm alta incidência de pragas e doenças. Depois de introduzidas em uma nova área, muitas pragas e doenças tornam-se difíceis de ser controladas.

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